Conheci
essa semana a história da
obstetra Dra. Quésia Tamara Mirante Ferreira Villamil, que em sua
primeira gestação (planejada e esperada), descobriu esperar um
bebê anencéfalo.Mesmo sabendo que o bebê teria uma expectativa de
vida muito curta, prosseguiu com a gravidez normalmente. Sugiro a leitura do livro dela!!!
Como eu chorei lendo seu relato e me identificando em vários
momentos...e aí o que eu fiz? Marquei com a Doutora Quésia, afinal, eu
precisava conhecê-la... E fiquei ainda mais admirada pessoalmente, mais do que
pela sua história, ela entendia nossa dor...
Estou um pouco tristinha essa semana(desculpa filho se a mamãe não
consegue ser forte toda semana) o passeio no Parque domingo com toda a família e
a leitura do livro me fez pensar sobre a aceitação da morte e que, talvez, eu
não pudesse viver com o meu filho aquilo que minhas primas estavam vivendo com
suas filhas: brincar, passear, fazer piquenique... Eu eu só
queria viver a mesma coisa.
E talvez eu esteja fugindo da ideia da morte.
Afinal, ter fé não é acreditar que meu filho vai viver é aceitar
a vontade de Deus, qualquer que ela seja. Aceitar, aceitar, aceitar, aceitar...
Aceita:
- que você não pode planejar
ou preparar o quartinho do bebê;
- que você não fará enxoval;
- que você não fará chá de
bebê;
- que você não sabe se é
Yasmin ou Samuel(eu sei que eu minto para as pessoas dizendo que é surpresa);
- que você não terá seus
filhos em seus braços por muito tempo e, talvez, nem por um minuto;
- que você não, não, não,
não, não um monte de coisas que pessoas, grávidas, mães normais fazem....
O que podemos fazer, filho?
Viver o hoje...um dia de cada
vez...e aceitar.
Aceita mãe, aceita filho!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário