terça-feira, 26 de maio de 2015

31 semanas

Conheci essa semana a história da obstetra Dra. Quésia Tamara Mirante Ferreira Villamil, que em sua primeira gestação (planejada e esperada), descobriu esperar um bebê anencéfalo.Mesmo sabendo que o bebê teria uma expectativa de vida muito curta, prosseguiu com a gravidez normalmente. Sugiro a leitura do livro dela!!!


Como eu chorei lendo seu relato e me identificando em vários momentos...e aí o que eu fiz? Marquei com a Doutora Quésia, afinal, eu precisava conhecê-la... E fiquei ainda mais admirada pessoalmente, mais do que pela sua história, ela entendia nossa dor...

Estou um pouco tristinha essa semana(desculpa filho se a mamãe não consegue ser forte toda semana) o passeio no Parque domingo com toda a família e a leitura do livro me fez pensar sobre a aceitação da morte e que, talvez, eu não pudesse viver com o meu filho aquilo que minhas primas estavam vivendo com suas filhas: brincar, passear, fazer piquenique... Eu eu só queria viver a mesma coisa.
E talvez eu esteja fugindo da ideia da morte.
Afinal, ter fé não é acreditar que meu filho vai viver é aceitar a vontade de Deus, qualquer que ela seja.  Aceitar, aceitar, aceitar, aceitar...
Aceita:

- que você não pode planejar ou preparar o quartinho do bebê;
- que você não fará enxoval;
- que você não fará chá de bebê;
- que você não sabe se é Yasmin ou Samuel(eu sei que eu minto para as pessoas dizendo que é surpresa);
- que você não terá seus filhos em seus braços por muito tempo e, talvez, nem por um minuto;
- que você não, não, não, não, não um monte de coisas que pessoas, grávidas, mães normais fazem....
O que podemos fazer, filho?
Viver o hoje...um dia de cada vez...e aceitar.
Aceita mãe, aceita filho!!!


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